Durante o século XIX, a fim de atrair alunos para os seus estabelecimentos, proprietários de colégios-internatos masculinos e femininos utilizavam como estratégia a publicação de anúncios1 em jornais, almanaques e outros periódicos, com variadas informações sobre os internatos. O Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, conhecido como Almanak Laemmert, foi um periódico muito utilizado para esse fim pelos proprietários de colégios-internatos da capital do Império e de outras províncias.
O Almanaque Laemmert2 foi fundado em 1844, no Rio de Janeiro3 por Eduardo Laemmert4 e seu irmão Heinrich Laemmert. Juntos, os irmãos criaram a firma E. & H. Laemmert, que administrava a Livraria Universal e a Tipografia Laemmert. O Almanaque, de circulação anual, foi publicado até o ano de 1889 e tinha agenciadores que distribuíam a obra nas províncias5 e no exterior. O periódico teve como redatores o fundador Eduardo Laemmert, nos períodos de 1844 a 1859 e de 1871 a 1876; Carlos Guilherme Haring, de 1860 a 1870; José Antonio dos Santos Cardoso, de 1877 a 1881, e Arthur Sauer6, de 1882 até 1889.
1 Os proprietários dos colégios também mandavam confeccionar prospectos para serem distribuídos aos interessados: ―Nos prospectos impressos, que serão entregues no colégio a quem os pedir, se designa o enxoval que devem levar as alunas, principalmente quando são de fora da corte‖. LAEMMERT, Eduardo. Almanak
Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte da Capital da Província do Rio de Janeiro com os Municípios de Campos e de Santos para o ano de 1872. Rio de Janeiro: Typographia E. & H. Laemmert, 29º ano, 1872, p.
458. Igualmente eram distribuídas cópias dos estatutos e a indicação de pessoas ou firmas em que os interessados podiam se informar sobre o colégio: ―[...] informações serão ministradas no próprio colégio, e, por especial favor pelas casas dos Srs. Carvalho & Rocha, rua de S. Pedro n. 57; Viúva de Albino Lucio, Filho & Cunha, rua do Visconde de Inhaúma n. 74; F. J. de Oliveira Aguiar & C. , rua dos Ouvires n. 102, e João Castelpuggi, rua de S. Joaquim n. 118‖. CARDOSO, José Antonio dos Santos. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da
Corte e da Província do Rio de Janeiro inclusive a cidade de Santos, da província de S. Paulo para o ano de 1877. Rio de Janeiro: Typographia E. & H. Laemmert, 31º ano, 1877, p. 629.
2 Foram catalogados e examinados anúncios e outras informações sobre colégios-internatos no Almanak Laemmert dos anos de 1845 a 1889.
3 Impresso na tipografia dos irmãos Laemmert localizada no Rio de Janeiro na Rua da Quitanda, 77 e, a partir do ano de 1868, localizada na Rua do Ouvidor, 68.
4 Nascido no Grão-ducado de Baden, no sudoeste da Alemanha, mudou-se para o Brasil no início do século XIX. 5 O Almanak Laemmert circulou em Sergipe, como recorda Gilberto Amado: ―Não me saía também das mãos o Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro, o Laemert e o de Sergipe. Charadas, enigmas, logogrifos, eu os abatia, ‗com facilidade‘, propalava meu pai. Espicaçado por ele, compunha charadas e logogrifos para a vida decifrar‖. AMADO, Gilberto. História da minha infância. São Cristóvão: Editora da UFS, 1999, p.104. Jornais sergipanos também anunciavam a venda de assinaturas do Almanak Laemmert. ―No Correio de Aracaju recebe-se assinatura para este Almanak‖. ALMANAK Laemmert. O Guarany, Aracaju, p. 4, 13 mar. 1883.
6 No ano de 1883 o almanaque foi reformado e reorganizado por Arthur Sauer, passando a ser denominado Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Império do Brasil, e informava aos seus leitores tratar-se de
O leitor que folheasse o Almanaque Laemmert encontraria informações sobre o calendário, Casa Imperial, Ministérios do Império, anúncios em ordem alfabética de produtos e serviços (agricultura, indústria e comércio), informações da Província do Rio de Janeiro e de outras províncias, suplemento contendo publicações oficiais (leis, decretos, regulamentos, etc.), entre outros assuntos. Na seção ―C‖ do Almanaque apareciam os anúncios dos ―Colégios de Meninos‖ e ―Colégios de Meninas‖ que informavam as famílias a respeito de variados aspectos dos colégios-internatos, tais como o endereço, as condições de salubridade do local, o espaço físico, os serviços ofertados, o ensino e os professores. Informava também sobre as condições para o ingresso no internato, como o enxoval, obrigatoriedade de vacinação, idade, grau de instrução, valores e condições de pagamento da pensão e de outros serviços oferecidos pelo estabelecimento. Esses colégios-internatos estavam localizados na cidade do Rio de Janeiro, mas também existiam estabelecimentos localizados no interior dessa província.
Quanto ao número dos colégios particulares existentes na Corte Imperial, em 1850, o Dr. Justiniano José da Rocha7 (1812-1862), incumbido de fazer uma inspeção nas escolas do Município da Corte, registrou em seu relatório que na cidade do Rio de Janeiro existia uma infinidade de colégios de cuja existência não era possível determinar com exatidão. Ele afirmava que
[...] mutipliplicam-se tais estabelecimentos por quase todas as ruas; quem quer que pode, por quaisquer meios reunir meia-dúzia de meninos, arvora-se em educador da mocidade, e daí tira um lucro, que embora insignificante, de sobejo compensa o seu trabalho. Casas dessa ordem são tantas que, se quisesse visitá-las, nunca poderia dar conta da minha comissão, e até sem longas indagações, e talvez sem o auxílio dos inspetores de quarteirão, nunca chegassem a ter uma lista exata delas.8
De acordo com informações oficiais, em 1855, o número de colégios particulares da Corte Imperial era de 97 estabelecimentos, com um total de 4.490 alunos matriculados, sendo 51 estabelecimentos para o sexo masculino, com 2.864 alunos, e 46 para o feminino, com
uma obra ―estatística e de consulta, abrangendo todas as províncias do Império‖ SAUER, Arthur. Almanak
Administrativo, Mercantil e Industrial do Império do Brasil para 1883. Rio de Janeiro: Typographia H.
Laemmert & C., 40º ano, 1883. 7
Advogado, professor do Colégio de Pedro II e da Escola Militar, jornalista, deputado pela Província de Minas Gerais.
8 ROCHA, Justiniano José da. Exposição sobre o estado das aulas públicas de instrução secundária, e dos colégios e escolas particulares da Capital do Império, 5 de abril de 1851. (Anexo). In: CARVALHO, José da Costa. (Visconde de Monte Alegre). Relatório apresentado à Assembléia Geral pelo Ministro e Secretário de
1.626 alunas matriculadas9. Já no ano de 1874 eram 114 estabelecimentos, sendo 49 dedicados ao ensino primário, 64 para ambos os níveis de ensino e quatro colégios que somente ministravam aulas do ensino secundário. Estes colégios foram frequentados por 9.596 alunos, sendo que na instrução primária estavam 3.749 alunos do sexo masculino e 2.361 alunos do sexo feminino; na instrução secundária, do sexo masculino foram 2.722 alunos, e do sexo feminino, 794 alunas10.
Figura 8 – Anúncio de um internato feminino no Almanak Laemmert (1869)
Fonte: HARING, Carlos Guilherme. Almanak Administrativo,
Mercantil e Industrial da Corte do Rio de Janeiro [...], 1869, p.
460.11
9 FERRAZ, Luiz Pedreira de Couto. Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa pelo Ministro e
Secretário de Estado dos Negócios do Império. Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert, 1855.
10
MELLO, Francisco Ignacio Marcondes Homem de. Relatório da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte apresentado em 18 de abril de 1874. (Anexo). In: OLIVEIRA, João Alfredo Correia de. Relatório apresentado a Assembléia Geral pelo Ministro Secretário dos Negócios do Império. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1875.
11 HARING, Carlos Guilherme. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte do Rio de Janeiro para
Figuravam nas páginas do Almanak Laemmert diversos anúncios de colégios particulares masculinos e femininos. Esses estabelecimentos eram, na maioria, pequenos internatos, uma empresa familiar e de confissão católica12. De regra, nesses estabelecimentos, os trabalhos de manutenção do internato e as tarefas de ensino eram desenvolvidos pelos membros da família, sem a contratação de empregados ou professores. De maneira geral, eram localizados na residência do proprietário, com um pequeno número de alunos internos, geralmente não excedendo 30 internos que viviam em comum com a família do diretor, sendo seus comensais.
O Dr. Menezes Vieira13, coadjuvado por sua família, possuía um internato com essas características, em que a senhora14 do diretor encarregava-se da educação dos alunos de 6 a 9 anos, e o diretor dos maiores. A mesa era comum à família do diretor e aos alunos, e o número de internos não excedia o número de 30 pensionistas. O internato feminino da Madame Tanière15, frequentado em 1871 por 74 alunas16, também era um estabelecimento mantido pela família, em que a diretora era auxiliada por sua sogra Mrs. Tootal, por sua irmã Mlle. Maria Charnay, e por suas filhas, D. Virginia e D. Olympia Tanière.
Nas páginas do Laemmert figuravam também grandes internatos que chegavam a congregar, em meados do século XIX, até 200 alunos, ―[...] não excedendo 60 o número de internos os de mais sólida reputação [...]‖17. Entretanto, em torno da década de 1870, o número de alunos internos parece ter tido um expressivo aumento. Assim, o Colégio
12 Os diretores que não professavam a religião católica eram obrigados a ter nos colégios um sacerdote para os alunos dessa religião. BRASIL. Regulamento da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte, aprovado pelo Decreto Nº 1.331 A, de 17 de fevereiro de 1854. Rio de Janeiro, 1854.
13
Diretor-proprietário do Colégio Menezes Vieira. CARDOSO, José Antonio dos Santos. Almanak
Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro inclusive a cidade de Santos, da Província de S. Paulo para o ano de 1876. Rio de Janeiro: Typographia E. & H. Laemmert, 33º ano, 1877, p.
625. 14
Em muitos internatos geralmente a mulher do diretor cuidava dos internos menores e da manutenção do estabelecimento.
15 LAEMMERT, Eduardo. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de
Janeiro para o ano de 1864. Rio de Janeiro: Typographia E. & H. Laemmert, 21º ano, 1864, p. 451.
16 Sendo 8 menores de 7 anos, 57 menores de 14 anos e 9 menores de 21 anos. Quanto à religião professada, 68 eram católicas e 6 acatólicas. A respeito da nacionalidade, 58 eram brasileiras e 12 estrangeiras. Em 1871, o colégio tinha a seguinte composição: diretora Mme. Taniere, professores, de português, o Sr. Frazão; de inglês, Miss Mme. David Taniere; de música instrumental, Mme. Brilani, Mme. Heck Taniere e Mme David Taniere; de música vocal, Mme. Briliani; de dança Mlle. Ferrare. FIGUEIREDO, José Bento da Cunha. Relatório da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte apresentado em 11 de abril de 1872. Apêndice: Ofícios das Delegacias em resposta a Circular de 8 de janeiro de 1872 da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte. (Anexo). In: OLIVEIRA, João Alfredo Correia de.
Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1872, p.9.
17 ROCHA, Justiniano José da. Exposição sobre o estado das aulas públicas de instrução secundária e dos colégios e escolas particulares da Capital do Império, 5 de abril de 1851. (Anexo). In: CARVALHO, José da Costa. (Visconde de Monte Alegre). Relatório apresentado à Assembléia Geral pelo Ministro e Secretário de
Episcopal S. Pedro de Alcântara, dirigido pelo cônego José Mendes de Paiva e seus irmãos, anunciava que tinha capacidade para receber até duzentos e cinquenta alunos (internos, semi-internos e externos); o Colégio Imaculada Conceição, fundado em 1854 pela Associação de S. Vicente de Paulo, dirigido pela irmã Saugére e 32 irmãs de caridade na condição de professoras, tinha, no ano de 1871, 230 alunas pensionistas – sendo 2 menores de 7; 188 menores de 14; 40 menores de 21, todas católicas, e, 20 estrangeiras – , além de quase 80 alunas pobres internas que recebiam gratuitamente a educação e instrução18. Igualmente o Colégio Vitório19, do conselheiro Dr. Adolpho Manoel Vitório da Costa, era um grande internato com até 100 alunos internos nas primeiras décadas de 187020.
Nos grandes internatos, além da contratação de professores e de um médico, existiam os empregados que cuidavam da sua administração. O ecônomo cuidava do funcionamento do internato, especialmente do refeitório, e comandava funcionários subalternos; a contabilidade do estabelecimento ficava a cargo do escriturário; o serviço doméstico geralmente ficava a cargo dos criados (cozinheiros, copeiros, serventes, lavadeiras) ou de escravos.
Segundo o Dr. Justiniano José da Rocha, o que mais custava na organização de um colégio era o serviço doméstico, que devia ser realizado
[...] sem a menor ingerência dos alunos, sem a menor relação entre eles e os serventes. Com os nossos escravos, com a dificuldade de haver bons criados, talvez, seja impossível organizar satisfatoriamente esta parte do regime colegial. Vi porém que os diretores dos bons colégios compreendem a sua importância, e procuram desveladamente evitar ou pelo menos diminuir a intensidade do mal.21
18
FIGUEIREDO, José Bento da Cunha. Relatório da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte apresentado em 11 de abril de 1872. Apêndice: Ofícios das Delegacias em resposta a Circular de 8 de janeiro de 1872 da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte. (Anexo). In: OLIVEIRA, João Alfredo Correia de. Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa pelo
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1872.
19 Diretor conselheiro Dr. Adopho Vitório da Costa, sub-diretor, bacharel Emygdio Adolpho Vitório da Costa. Professores, os diretores, Thomaz Gosling, Dr. Antonio de Paula Freitas, Francisco Lopes Suzano, José Nogueira de Lacerda, Silvino Barreto Cotrim de Almeida, Manoel do Nascimento Nobrega, Basilio Eusebio Brunie, Guilherme Lourenço Schultze (piano), Emilio Arthur Ribeiro da Fonseca, capitão Ataliba Manoel Fernandes (dança e ginástica), capitão Paulino Francisco Paes Barreto (ginástica), Manoel Tavares de Aquino Junior. Ibid.
20
LAEMMERT, Eduardo. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte da Capital da Província do
Rio de Janeiro com os Municípios de Campos e de Santos para o ano de 1872. Rio de Janeiro: Typographia E. &
H. Laemmert, 29º ano, 1872, p. 420.
21 ROCHA, Justiniano José da. Exposição sobre o estado das aulas públicas de instrução secundária, e dos colégios e escolas particulares da Capital do Império, 5 de abril de 1851. (Anexo). In: CARVALHO, José da Costa. (Visconde de Monte Alegre). Relatório apresentado à Assembléia Geral pelo Ministro e Secretário de
Nos programas e/ou estatutos de alguns colégios consignava-se a informação de que os pensionistas não teriam contato com os serviçais do internato e que estes residiam em casa separada22. Esta era uma medida comumente presente na literatura pedagógica moderna, preocupada com possíveis influências nocivas e com a modéstia das crianças e adolescentes23. Assim, também na Província da Bahia, em anúncio que circulou em Sergipe no ano de 1849, o Colégio de Educação Clássica Todos os Santos, localizado em Salvador, informava que os serviços dos internos eram feitos por serventes do colégio, e não se admitiam criados ou escravos dos colegiais. Porém, os que quisessem ter aposentos particulares deveriam para isso fazer um contrato especial com o estabelecimento24.
Os diretores-proprietários dos colégios masculinos eram, em sua grande maioria, bacharéis em direito25, bacharéis em letras pelo Colégio de Pedro II, médicos26, professores27e padres28. Segundo observou o norte-americano James Cooley Fletcher, quando esteve no Brasil entre os anos de 1851 e 1865, os diretores dos colégios, ―[...] quando dotados de boas capacidades administrativas, ganham muito dinheiro. Um deles, com que fiz relações, após alguns anos de ensino, depositou nos bancos vinte contos de réis‖ 29.
Os professores dos colégios eram bacharéis, médicos, padres, militares e religiosos. Em quase todos os colégios o diretor acumulava as funções administrativas com a docência. Em muitos estabelecimentos, vários membros da família atuavam como professores ou ajudavam nas atividades de manutenção do internato. Os professores que ministravam aulas do ensino secundário exerciam também o magistério público e em colégios particulares
22 HARING, Carlos Guilherme. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de
Janeiro para o ano de 1864. Rio de Janeiro: Typographia E. & H. Laemmert, 21º ano, 1864.
23 ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
24 ESTATUTOS do Colégio D‘Educação Clássica Todos os Santos, na Bahia. Correio Sergipense. São Cristóvão, p. 3, 10 fev. 1849.
25
O Colégio Moreira (antigo Santo Agostinho) tinha como diretor o Dr. Francisco Moreira de Rocha, natural de Minas Gerais, bacharel em Direito pela Faculdade de S. Paulo em 1854. LAEMMERT, Eduardo. Almanak
Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e da Capital da Província do Rio de Janeiro inclusive alguns municípios da província e a cidade de Santos para o ano de 1874. Rio de Janeiro: Typographia E. & H.
Laemmert, 31º ano, 1874, p. 589.
26 Dr. Joaquim José de Oliveira Mafra, diretor do Colégio Marinho.
27 Colégio Pinheiro dirigido por José Rodrigues de Azevedo Pinheiro, professor habilitado pelo Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte. LAEMMERT, Eduardo. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte
e da Capital da Província do Rio de Janeiro com os municípios de Campos e de Santos para o ano de 1874. Rio
de Janeiro: Typographia E. & H. Laemmert, 29º ano, 1872, p. 490. / Colégio S. Manoel, em Botafogo, dirigido pelo professor Manoel Ferreira das Neves. CARDOSO, José Antonio dos Santos. Almanak Administrativo,
Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro inclusive a cidade de Santos, da Província de S. Paulo para o ano de 1876. Rio de Janeiro: Typographia E. & H. Laemmert, 33º ano, 1876, p. 625.
28 Colégio Episcopal de S. Pedro de Alcântara, dirigido pelo cônego José Mendes de Paiva e seus irmãos, padre-mestre Antônio M. Fernandes Ferreira de Paiva (ecônomo), padre-mestre Bacharel Joaquim Mendes de Paiva (pedagogo), João Mendes de Paiva (escriturário).
29 FLETCHER, James Cooley & KIDDER, Daniel Parish. O Brasil e os brasileiros: esboço histórico e descritivo. v.1. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941, p. 197.
diferentes. Em sequência, o quadro apresenta uma relação de colégios-internatos da Corte Imperial e seus respectivos professores.
Colégios
Femininos Professores
Baronesa de Geslin
Diretora baronesa de Geslin, sub-diretora Mme. Julia de Geslin, professores, barão de Geslin, Pardal, Cruz, Julia Malheiros, Francina Macon, Delminda Macon, Mme. Sophia Emery, Miss. Lamour, Mme. Luiggi Elena, Miss. Jackson
Mme. Taniere
Diretora Mme. Taniere, professores: de português, o Sr. Frazão; de inglês, Miss Mme. David Taniere; de música instrumental, Mme. Brilani, Mme. Heck Taniere e Mme David Taniere; de musica vocal, Mme. Briliani; de dança Mlle. Ferrare
Brasileiro Diretora D. Florinda de Oliveira Fernandes, professores: a diretora, Manoel José Pereira Frazão, Germano Arnaud e G. de Mattia
Mme. Taulois
Diretora Mme. Taulois, sub-diretora Mme. Cadeac, professores: Mlle. Rivierre, Mme. Briani, padre Marcos Neville
Colégios
Masculinos Professores
Abílio Abílio César Borges, sub-diretor José Benício de Abreu, professores:: José Domingues Ramos e Manuel Olympio da Costa (português), Dr. Francisco Lins de Andrade e Amaro de Albuquerque Maranhão (latim), Léon Serville e Vicente Ferreira de Souza (francês), Jasper Harben e Vicente da Costa (inglês), José Leandro Filgueiras (música e dança), Mill (desenho)
Neves Diretor Manoel Ferreira das Neves, professores: Jacintho Cardoso da Silva, Antonio Getulio Monteiro de Mendonça, bacharel José Feliciano de Noronha Feital e Manoel Ferreira das Neves
Vitório Diretor conselheiro Dr. Adopho Vitório da Costa, sub-diretor, bacharel Emygdio Adolpho Vitório da Costa, professores: os diretores, Thomaz Gosling, Dr. Antonio de Paula Freitas, Francisco Lopes Suzano, José Nogueira de Lacerda, Silvino Barreto Cotrim de Almeida, Manoel do Nascimento Nobrega, Basilio Eusébio Brunie, Guilherme Lourenço Schultze (piano), Emilio Arthur Ribeiro da Fonseca, capitão Ataliba Manoel Fernandes (dança e ginástica), capitão Paulino Francisco Paes Barreto (ginástica), Manoel Tavares de Aquino Junior
Episcopal S. Pedro de
Alcântara
Diretor-geral cônego José Mendes de Paiva, sub-diretores padres Antonio, Joaquim e Francisco Mendes de Paiva, professores: Adolpho L‘Abbé, Anibale Elena, Antonio José da Rocha, Bacharel Augusto Rochet, Epifanio José dos Reis, João Mendes de Paiva, José de Barcellos, José Cardoso da Silva, bacharel Luiz Chardinal d‘Arpenans, Luiz Manoel dos Santos Valente Junior, Romualdo Pagani, padre mestre Francisco Mendes de Paiva e padre mestre bacharel Joaquim Mendes de Paiva
Ateneu Fluminense
Diretor monsenhor Antonio Pedro dos Reis, sub-diretor bacharel Augusto Ferreira dos Reis, professores: padre-mestre João Nicolao Rumazza, Joaquim Verissimo da Silva, Dr. José Ortiz da Silva, padre Dr. Patrício Moniz, Phillippe José Alberto Junior, José de Maya, Bento Fernandes das Mercês, Augusto Ferreira dos Reis, monsenhor Antonio Pedro dos Reis
Quadro 3 – Relação de professores de Colégios-Internatos da Corte Imperial do Rio de Janeiro(1871)